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Continuando as postagens sobre a quarta temporada de Black Mirror, vou contar as minhas considerações sobre o terceiro episódio da temporada e seguirei a sequência postando um texto por dia. Os títulos dos meus textos são uma brincadeira com nomes alternativos que eu pensei para os episódios.
ALERTA DE SPOILER: tentarei não revelar coisas importantes sobre os episódios, mas posso dar alguns spoilers para explicar minhas opiniões. Portanto, se você ainda não assistiu continue lendo por conta e risco.
A ideia de dar títulos aos meus textos com nomes alternativos para os episódios da quarta temporada de Black Mirror surgiu por causa de Crocodile. Antes de começar a escrever sobre o primeiro episódio eu já tinha pensado no título do texto sobre o terceiro. Na verdade, acredito que bola de neve seria até mais apropriado do que crocodilo. Talvez o nome original seja uma metáfora com a personalidade da protagonista, mas com a sequência criminal do episódio e as paisagens nevadas da Islândia, não consigo pensar em nada mais literal do que uma bola de neve.
O terceiro episódio mistura investigação criminal com a ficção científica de Black Mirror. O resultado me agradou porque eu gosto de ler livros de detetives e assistir filmes com essa temática também. Na série, o enredo começa com o acobertamento de um acidente de trânsito envolvendo um motorista drogado e um ciclista que foi atropelado. A arquiteta Mia estava no banco do passageiro do carro e acaba ajudando o motorista a esconder a vítima, sendo cúmplice mesmo contrariada.
Quinze anos depois, o motorista quer contar a verdade sobre o acidente. No entanto, Mia perderia o prestígio da sua carreira bem sucedida. Pensei que a arquiteta acabaria cedendo para dizer a verdade, mas a protagonista mostra que é egoísta e perigosa quando sua fama e estabilidade estão em jogo. Começa a se formar então a bola de neve do episódio, com Mia perdendo o controle enquanto tenta esconder o seu segredo.
Paralelamente, uma investigadora usa um leitor de memórias para defender um homem que foi atropelado por um veículo inteligente que entrega pizzas. Eu diria que um veículo sem motorista já é algo comum na vida real. A tecnologia Black Mirror do episódio é o leitor de memórias. Com ele, a investigadora precisa acessar a memória de alguém que viu o atropelamento. Essa tecnologia e a do episódio Arkangel não me parecem forçadas como a do jogo no primeiro episódio, outro ponto positivo na minha opinião. LEIA AQUI sobre Arkangel e AQUI sobre USS Callister.
A sequência da investigação é lenta, mas constrói uma ansiedade agradável pois sabemos que Mia foi testemunha do acidente com a entregadora de pizzas e que a investigadora chegará até ela. Utilizando o leitor de memórias, a investigação pode revelar então o atropelamento de 15 anos atrás. A tecnologia aborda novamente a questão de privacidade, quando é possível para uma empresa de investigações acessar nossa mente com uma máquina.
Dando spoiler, o segredo de Mia é descoberto, mas não pense que acaba com ela se entregando. O final do episódio é tenso e me fez pensar se toda a quarta temporada seria agressiva com finais trágicos, uma característica se formos considerar a série como um todo. O final feliz da quarta temporada está no quarto episódio. LEIA AQUI no site sobre Hang the DJ quarta-feira (17).
Crocodile sugestiona seu desfecho. As últimas cenas deixam para o telespectador concluir a história na sua cabeça. Uma testemunha inesperada parece finalmente provar os crimes de Mia, mas não vemos a protagonista recebendo as punições. Eu prefiro quando é mostrado o que realmente aconteceu.
Acompanhe aqui no site a publicação dos textos sobre os próximos episódios.
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