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O cenário é apropriado para um sonho. Estou em uma grande piscina cercada por altas paredes brancas, sendo que uma delas possui um pequeno recuo com uma escadaria, onde penso que deve ser a entrada dessa sala alagada e bem iluminada. A piscina é rasa e cobre o chão de todo o ambiente. Eu estou em pé com a minha mãe ao meu lado observando duas crianças brincarem perto da escada. Uma delas é minha prima e a outra sou eu. A mãe da minha prima também está presente no cômodo, parada um pouco mais distante.
Eu tento perguntar para minha mãe o que vai acontecer, mas ela responde apenas para eu observar a cena. Sinto um perigo eminente e do alto da escadaria surge uma torrente de água derrubando as crianças e enchendo a piscina. Minha tia corre em direção a minha prima e eu corro para salvar minha versão criança. Me pego no colo me erguendo do chão e me abraçando fortemente. A água ao redor está agitada e as paredes estão molhadas. Enquanto dou um abraço apertado, repito que tudo vai ficar bem, tudo vai dar certo, como se eu estivesse avisando meu eu criança para não se preocupar com o futuro que lhe aguardava. Foi uma sensação incrível que misturava carinho, afeto e proteção.
Acordo do meu sonho preocupado e procuro meu celular para ligar e perguntar se todos estão bem. Consigo ver que estou em um pequeno quarto com uma cama de solteiro e uma porta que abre para um corredor que parece ser dos bastidores de um estúdio de cinema ou de televisão, com refletores no teto e cabos espalhados pelo chão. Eu pareço ser mais velho do que realmente sou e me passa pela cabeça que estou no meu local de trabalho.
Finalmente, eu desperto no meu verdadeiro eu, ainda preocupado e com uma sensação crescente de desconforto. Começo a chorar e tento sentir aquele abraço apertado em mim mesmo para me consolar. Sozinho no quarto, lembro que meus pais e meu irmão estão em uma praia. Penso no meu irmão brincando na água do mar e fico ainda mais preocupado. Como no sonho, pego meu celular e tento entrar em contato com eles. Também mando mensagem para minha prima perguntando onde ela está. Ela logo me responde que está tudo bem e depois também consigo falar com minha mãe, que também garante estarem todos tranquilos. Fiquei preocupado o dia todo, mas felizmente nada de ruim aconteceu.
Entretanto, a história da piscina do meu sonho tinha ligações com um acontecimento da minha infância e da minha prima. Eu não tenho nenhuma memória daquele dia, pois era muito novo ainda, mas sei do que aconteceu pelo que minha mãe conta. Ela e minha tia estavam conversando enquanto eu e minha prima brincávamos na piscina infantil do clube que frequentávamos. Em algum momento, minha mãe percebeu que minha prima estava se afogando e correu para salvá-la entrando na piscina com roupa e tudo. Minha tia ficou paralisada vendo aquela cena. Foi por lembrar dessa história que veio a minha preocupação quando acordei. Também pensei em uma experiência horrível que passei com meu irmão em um rio, mas isso eu contarei em outra oportunidade.
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