Escrevi esse texto para exercer a minha democracia e me posicionar diante do atual período político que estamos vivendo no país. No entanto, apesar do assunto envolver política, não estou escrevendo sobre partidos, campanhas e muito menos sobre propostas para segurança, economia ou educação.
Minha abordagem é sobre os discursos que separam o Brasil em dois grupos representados pelos atuais candidatos a presidência. De um lado eu vejo o conservadorismo da direita elevando discursos fascistas para restabelecer a ordem de uma nação fragilizada, e do outro, a luta constante da minoria de esquerda para manter o seu espaço na sociedade.
Utilizo a palavra minoria, no singular, porque acredito que os diferentes grupos minoritários devem se reconhecer e serem reconhecidos como uma única parcela da população que precisa de respeito e direitos iguais. Eu sou minoria e acredito nos direitos humanos, na inclusão social, na igualdade e na diversidade.
Na minha opinião, essa parcela seria bem mais forte se a própria minoria não estivesse desunida e carregada de preconceitos. Eu ainda acredito que a minoria pode ser a maioria.
Decidi desenhar para explicar de uma maneira que todos possam entender. Observe a imagem abaixo com atenção. Ela representa como eu enxergo essas discussões sociais.
![](https://static.wixstatic.com/media/78e533_1331309a247742f78960391bfc3ef4f7~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_980,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/78e533_1331309a247742f78960391bfc3ef4f7~mv2.jpg)
Quando alguém da primeira coluna diz que vai votar no candidato de direita eu até entendo, afinal, ela reflete o discurso desse candidato. Por exemplo, um membro da sua família, um primo ou um tio branco e hétero que prefere ter um filho drogado do que gay, que xinga a esposa e se sente superior.
Agora quando alguém da coluna do meio diz que é a favor do candidato de direita é que eu não consigo entender. Como uma mulher defende um discurso machista? Como um membro da comunidade LGBT+ apoia um discurso homofóbico? Como um negro não enxerga o discurso racista? Essas pessoas fazem parte da minoria que não está vendo o opressor do seu lado ou se identifica com ele. Isso releva como a nossa sociedade ainda é preconceituosa. É claro que esse texto é uma abordagem superficial de um assunto que envolve todos os costumes, crenças e cultura de uma nação. O Brasil foi ferido tantas vezes com a corrupção que agora está a ponto de ver o opressor como o salvador da pátria. Isso é assustador.
Eu estou na terceira coluna e quero viver em um país sem assassinatos e agressões em nome de um discurso político, sem a ameaça de um governo fascista, sem uma ditadura que fere o livre-arbítrio e a democracia.
Comentários