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De que lado você está?

Foto do escritor: Marcelo JuniorMarcelo Junior

Escrevi esse texto para exercer a minha democracia e me posicionar diante do atual período político que estamos vivendo no país. No entanto, apesar do assunto envolver política, não estou escrevendo sobre partidos, campanhas e muito menos sobre propostas para segurança, economia ou educação.

Minha abordagem é sobre os discursos que separam o Brasil em dois grupos representados pelos atuais candidatos a presidência. De um lado eu vejo o conservadorismo da direita elevando discursos fascistas para restabelecer a ordem de uma nação fragilizada, e do outro, a luta constante da minoria de esquerda para manter o seu espaço na sociedade.

Utilizo a palavra minoria, no singular, porque acredito que os diferentes grupos minoritários devem se reconhecer e serem reconhecidos como uma única parcela da população que precisa de respeito e direitos iguais. Eu sou minoria e acredito nos direitos humanos, na inclusão social, na igualdade e na diversidade.

Na minha opinião, essa parcela seria bem mais forte se a própria minoria não estivesse desunida e carregada de preconceitos. Eu ainda acredito que a minoria pode ser a maioria.

Decidi desenhar para explicar de uma maneira que todos possam entender. Observe a imagem abaixo com atenção. Ela representa como eu enxergo essas discussões sociais.



Quando alguém da primeira coluna diz que vai votar no candidato de direita eu até entendo, afinal, ela reflete o discurso desse candidato. Por exemplo, um membro da sua família, um primo ou um tio branco e hétero que prefere ter um filho drogado do que gay, que xinga a esposa e se sente superior.

Agora quando alguém da coluna do meio diz que é a favor do candidato de direita é que eu não consigo entender. Como uma mulher defende um discurso machista? Como um membro da comunidade LGBT+ apoia um discurso homofóbico? Como um negro não enxerga o discurso racista? Essas pessoas fazem parte da minoria que não está vendo o opressor do seu lado ou se identifica com ele. Isso releva como a nossa sociedade ainda é preconceituosa. É claro que esse texto é uma abordagem superficial de um assunto que envolve todos os costumes, crenças e cultura de uma nação. O Brasil foi ferido tantas vezes com a corrupção que agora está a ponto de ver o opressor como o salvador da pátria. Isso é assustador.

Eu estou na terceira coluna e quero viver em um país sem assassinatos e agressões em nome de um discurso político, sem a ameaça de um governo fascista, sem uma ditadura que fere o livre-arbítrio e a democracia.


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© 2020 por juniocelo

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