Fiquei andando de lado. Literalmente. Cheguei na fila da pista premium às 5h da manhã para conseguir um bom lugar no show da Dangerous Woman Tour e algumas pessoas já estavam no local com barracas e cobertores. Essa fila, na avenida Francisco Matarazzo, era cortada por grades que deixavam livres as saídas do estacionamento do Allianz Parque e do Burguer King. Quem estava atrás da saída livre do estacionamento começou a sair da fila e entrar na frente do Burguer King. Isso acabou geralmente um tumulto onde todos obstruíram as passagens para ficarem o mais próximo possível do começo da fila. Nessa confusão eu pulei uma grade e pisei de mal jeito, machucando um dedo do pé, que me incomodou o dia inteiro e o show inteiro. Sai do estádio walkin' side to side.
Esse texto, porém, é para falar sobre o show! E que show. Vou pular a parte dos sacrifícios de fã de ficar o dia todo em pé na fila com fome, sede, medo de chuva e muitas horas sem poder usar o banheiro. Às 15h30 os portões foram abertos e eu só corria ignorando o dedo machucado para ficar bem perto do palco. E eu consegui ficar bem no meio da grade da passarela junto com uma amiga que viajou comigo para o show e outras pessoas que conhecemos naquele momento. Entre o palco e nós só estava a equipe de segurança. Melhor lugar (até porque Ariana cantou muitas músicas na passarela, além de Moonlight que ela ficou a música inteira sentada na nossa frente).
Mais algumas horas de espera dentro do estádio e começaram os shows de abertura com Dj Ronaldinho e Sabrina Carpenter. Sinceramente eu nunca tinha ouvido falar de nenhum dos dois, mas a Sabrina chamou minha atenção. Ela tem presença de palco, é muito linda, sensual, canta bem e tem um estilo musical pop que eu curti bastante. Ainda não escutei as músicas dela depois do show, mas vou procurar.
Contagem regressiva de 10 minutos no telão e o coração acelera junto com a gritaria e as imagens que iam aparecendo de Ariana Grande em um ensaio fotográfico. Nos últimos minutos ela começa a colocar a mão no ouvido como se não estivesse escutando os fãs e nesse momento a gritaria é geral. Amei essa ideia da produção para a contagem regressiva.
Começa então a abertura com Be Alright. Eu nunca imaginei que essa música seria escolhida para abertura, mas ficou sensacional, ainda mais com a coreografia vogue.
Em todo o show Ariana me surpreendeu. Eu não havia assistido nenhum vídeo pela internet então tudo foi surpresa. A cantora é talentosa, belíssima e perigosa! Ela é exatamente o que vemos nos meios de comunicação e canta ao vivo do jeito que escutamos pelos álbuns também. Com todo mundo cantando em volta me ocorreu o pensamento de que eu não iria escutar muito bem os vocais dela, o que realmente aconteceu em alguns momentos, mas tiveram dois momentos do show, principalmente, que me tiraram essa preocupação: a homenagem para as vítimas de Manchester (com um silêncio do público) e o encerramento com a música Dangerous Woman.
Chorei duas vezes nesse show. Quando Ariana cantou One Last Time e Thinking About You. A segunda era a balada romântica que eu mais aguardava ouvir pessoalmente. Também foi com Thinking About You que eu tive uma das minhas surpresas. Enquanto Ariana estava sentada cantando, no telão iam se formando imagens abstratas de casais héteros e homossexuais. O choro é livre.
A melhor parte do show é a do hino Side To Side. Ariana transporta o público para uma academia e arrasa cantando e se exercitando ao mesmo tempo. Os dançarinos ficam sem camisa malhando e o telão imita luzes de lâmpadas LED. Sensacional. Sexy. Side To Side. Tudo isso depois de um interlude de empoderamento onde a cantora aparece loira.
Enfim, vi lives que eu nunca imaginei que veria nessa vida, como Bang, Focus, Side To Side, Thinking About You, Dangerous Woman, One Last Time, Into You e a primeira música que eu decorei da cantora: Love Me Harder. Confira mais algumas fotos que eu tirei do show:
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