O novo Homem-Aranha me conquistou

Arte digital de Matheus Souza. Acompanhe pelo Instagram @matth_souza

Já quero deixar claro que sou fácil de ser agradado com filmes e também sou #TeamMarvel, então você pode esperar neste texto uma abordagem positiva sobre

Homem-Aranha De Volta Ao Lar.

Antes de assistir ao filme eu tirei um snap com o papelão em tamanho real do personagem na entrada do cinema e coloquei na legenda a seguinte frase: queria o Andrew Garfield, mas ‘tá’ valendo.

Então, vamos começar com o ator Tom Holland. Interpretando o Homem-Aranha com 21 anos, Tom traz uma jovialidade que já deveria ter existido desde o primeiro filme do Aranha, pois o herói tem uma característica mais jovem em relação aos outros heróis da Marvel. Parece injusto comparar com Tobey Maguire, do filme de 2002, mas qual deles tem mais cara de um estudante do ensino médio? Tobey ou Tom?

No entanto, a maturidade do ator do novo filme era uma preocupação na minha cabeça. O novo Aranha não ficaria muito infantil? De fato, ele representou um papel de “criança”, mas durante o filme ele vai “crescendo” e tomando atitudes rebeldes típicas de adolescentes.

Com o universo da Marvel cada vez mais próximo e os diferentes filmes conversando entre si, Homem-Aranha De Volta Ao Lar começa mostrando as consequências da luta dos Vingadores com extraterrestres.

Um vídeo feito pelo próprio Peter Parker, com seu celular, permite revivermos a luta de Guerra Civil por outro ângulo e com a narração de Peter ao estilo Youtuber de ser. Dentro do cinema eu imaginei o Aranha começando com um “oi meninas, no vídeo de hoje eu vou mostrar ‘pra’ vocês como foi lutar na Guerra Civil” e pedindo para nos inscrevermos em seu canal depois. Boa jogada de sei lá quem teve essa ideia.

Esse salto para um momento posterior aos episódios dos filmes anteriores da Marvel, colocou o Homem-Aranha em plena ação e pulou sua história pessoal que os fãs já sabem, de como ele se transformou, perdeu os pais e o tio.

A presença de Tony Stark como um tutor para Peter é marcante. O Homem de Ferro aparece diversas vezes para orientar e reparar os danos causados pelo jovem inconsequente que anseia por provar seu valor e lutar novamente ao lado dos Vingadores. Entretanto, tem um ponto da interferência de Stark no filme que eu ainda não me decidi se gostei ou não, o fato de ele ter dado um traje super tecnológico para o Homem-Aranha. Eu adoro tecnologia e achei legal o traje, mas as cenas do Peter conversando com a assistente virtual da roupa fez parecer que ele era o novo Homem de Ferro e não o novo

Homem-Aranha. Vamos deixar o traje de lado para ver que Tom Holland está em forma. Não é um Andrew Garfield, mas ‘tá’ valendo.

Agora um momento déjà vu. Meu coração acelerou e eu fiquei tenso com a cena do Aranha tentando salvar seus amigos presos no elevador do Monumento a Washington. A garota por quem ele está apaixonado, Liz Allen, interpretada por Laura Harrier, é a última que falta para ele salvar quando o elevador despenca e ela fica suspensa por uma teia, igual o que ocorreu em O Espetacular Homem-Aranha 2, com o outro Peter e Gwen Stacy. Fiquei estático e pensando “de novo não, de novo não”, mas não vou dar spoiler aqui do que acontece.

Falando em spoiler, a revelação da identidade do vilão do filme realmente me pegou de surpresa e eu soltei até uma exclamação involuntária no cinema. Novamente, não vou contar nada aqui, mas parando para analisar depois, notei que é uma coisa que tem em todos os filmes do

Homem-Aranha. Creio que eu que fui lerdo mesmo para adivinhar a relação do vilão com Peter Parker.

Por fim, na última sequência do filme mesmo, quero destacar um diálogo carregado por uma divisão social. A conversa ocorre entre o bilionário Tony Stark e o estudante Peter Parker que recusa um convite de Tony para poder cuidar de sua vizinhança e solta que “alguém tem que cuida do povão”. Depois Stark completa com “essa marra de operário adolescente que eu gosto”. Operário? Achei pesado.